A Psicanálise, originalmente desenvolvida por Sigmund Freud, é uma abordagem terapêutica baseada na observação de que os indivíduos, geralmente, não têm consciência dos inúmeros fatores que determinam suas emoções e comportamentos.
Os fatores inconscientes são essenciais à constituição de uma boa saúde mental, estando presentes nas mais diversas e ricas expressões do ser humano. Encontram-se na gênese das criações artísticas e da formação dos grupos humanos e laços sociais, em estreita inter-relação com as particularidades de cada época e de cada cultura.
Por outro lado, estes fatores inconscientes costumam ser a fonte de consideráveis sofrimentos e de infelicidade, podendo se manifestar na forma de sintomas reconhecíveis tais como: angústia, fobias, compulsões e sentimentos de vazio. Também estão presentes na raiz das perturbações na estruturação da personalidade, nas dificuldades de relacionamento no trabalho e/ou nos relacionamentos interpessoais e amorosos, assim como nos sintomas psicossomáticos, nas alterações do humor (depressão e euforia) e da autoestima.
Exatamente por estas forças serem inconscientes, os conselhos de familiares e amigos, a leitura de livros de autoajuda, ou até a mais determinada força de vontade têm alcance limitado e são insuficientes em proporcionar alívio ao sofrimento psíquico.
Enquanto processo terapêutico, a Psicanálise é de inestimável ajuda para as pessoas em sofrimento psíquico. No curso de um tratamento psicanalítico intensivo, investiga-se a natureza das relações originárias da infância de cada indivíduo. Estas são a matriz dos fatores inconscientes que constituem o que chamamos de mundo interno. À medida que este mundo interno fica disponível para experiências e explorações conjuntas entre analisando e analista, os aspectos inconscientes se tornam mais compreensíveis e podem ser trabalhados através da palavra, levando ao alívio dos sintomas e, principalmente, a profundas transformações emocionais.
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